No sentido de “dar uma
nova casa” a estes amigos que acabaram de passar no vídeo que vos mostro (alguns
dos quais que conheci pessoalmente), foi efetuada uma vistoria dentro das
instalações do Zoomarine com o objetivo de licenciar um local onde vai albergar
uma serie de aves rapina e também de aves de espécies exóticas como por
exemplo: Araras, Papagaios, Catatuas, Falcões, Águias, Bufos entre outros…
A necessidade de
proteção deste novo habitat das espécies que lá habitam foi um dos objetivos da
vistoria, como tal, vários aspectos tiveram que ser tidos em conta no local,
entre eles:
As
instalações sanitárias dos tratadores
As instalações
sanitárias devem ser seguras e salubres. Com pavimentos construídos em
materiais resistentes à humidade, devem ser lisos, planos e impermeáveis. As
paredes devem ser de cor clara e revestidas de azulejo ou outro material
impermeável, até pelo menos 1.5 metros de altura. Têm de estar separadas das
zonas de produção, salas de refeições e bebidas mas com fácil acesso.
Deverão encontrar-se
sempre iluminadas, limpas ventiladas e arrumadas. As portas exteriores devem
estar fechadas, ocupar todo o vão e ser providas de molas de retrocesso.
Cozinha
para preparação de alimentação das aves
Segundo Miguel, o tratador das Aves do Zoomarine, seja
qual for a espécie, concluiu-se que as aves necessitam de uma boa alimentação
mesmo em cativeiro.
Em cativeiro as aves não têm grande actividade física e
o alimento tem de ser fornecido em boa qualidade.
Logo como futuro TSA, um dos aspectos que tive que
observar foi a cozinha, onde era confeccionada a alimentação das mesmas.
A preparação dos alimentos deve dispor de duas ou três
cubas de lavagem, para peixe, carne e legumes, bem como câmaras frigoríficas
para produtos frescos – temperaturas positivas – e para produtos congelados –
temperaturas negativas.
Nas paredes são instalados armários murais em material
resistente, liso e de fácil limpeza, com portas de correr que não apresentem
calhas inferiores, para melhor higienização, evitando-se a utilização de
prateleiras abertas.
As cozinhas devem possuir lavatórios com torneira de
comando não manual, tipo torneira de pedal, colocados junto à entrada, com água
corrente quente e fria e equipados com meios de lavagem e secagem de mãos.
A zona de confecção deve ser equipada com dispositivos
eficazes de extracção de fumos e cheiros, ligados a condutas de evacuação
independentes, nos termos da legislação em vigor, prevendo-se a instalação de
entrada de ar novo para compensação do ar extraído pela exaustão.
Despensa/Arrecadação
Despensa
é o lugar geralmente destinado à guarda ou armazenagem de géneros alimentícios,
entre outros produtos.
Uma despensa deve ser:
- Tão fresca quanto possível;
- Perto da área de preparo dos alimentos;
- Construída para evitar a entrada de insectos e roedores;
- Fácil de manter limpa;
- Equipada de estantes e armários apropriados para o alimento que é armazenado.
O pé direito
mínimo para estes locais é de 2,20 metros. A sua ventilação deve ser adequada,
com renovação permanente de ar e com tiragem directa para o exterior.
É obrigatório
existirem espaços de armazenamento separados para:
- Matérias-primas e mercadorias;
- Produtos acabados;
- Materiais de embalagem;
- Materiais e produtos de limpeza;
- Produtos químicos e tóxicos.
Todas estas
áreas devem encontrar-se sempre limpas e organizadas. Nenhum produto alimentar
deverá estar em contacto com o chão e paredes, devendo ser colocado em estrados
de material lavável, impermeável, imputrescível e distar do chão e paredes no
mínimo de 20 cm.
As prateleiras
devem ser de material liso, lavável, impermeável e imputrescível. Não devendo
por isso ser de madeira. Devem ser lavadas e desinfectadas com regularidade e
devem estar colocadas de modo a facilitar o acesso a todos os produtos.
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