segunda-feira, 4 de novembro de 2013

5 Colheitas de Água de Piscinas


Numa perspectiva de protecção da saúde pública e de gestão integrada de recursos hídricos, foram realizadas colheitas de água de piscinas.
Piscina, de acordo com a Directivado Conselho Nacional de Qualidade n.º 23/93, é uma parte ou um conjunto de construções e instalações que incluam um ou mais tanques artificiais apetrechados para finais balneares e actividades recreativas, formativas ou desportivas aquáticas (o termo piscina pode ser também utilizado para designar os tanques onde se desenvolvam as actividades aquáticas referidas).
Esta directiva, define piscina de uso público como as piscinas ou os estabelecimentos de actividades recreativas aquáticas que podem ser utilizados pelo público em geral, independentemente da sua titularidade ou forma de ingresso, e estejam ou não integrados em espaços públicos municipais, clubes desportivos, escolas, parques de campismo, estabelecimentos hoteleiros e complexos turísticos.

As piscinas distinguem-se em:
  • Piscinas cobertas;
  • Piscinas ao ar livre;
  • Piscinas combinadas;
  • Piscinas convertíveis.
Escolha dos locais de colheita:

Na colheita à superfície, a água deve ser colhida no lado oposto à entrada do desinfectante, junto do rebordo interno da piscina, utilizando os frascos de mão.
A colheita de profundidade deverá ser efectuada no lado oposto à entrada do desinfectante e no lado mais profundo da piscina, utilizando os frascos de mergulho.
Foram elaboradas duas colheitas, uma em profundidade e outra em superfície, estas têm como função detetar microrganismos patogénicos, potenciais causadores de doenças aos utilizadores daquela água, microrganismos esses em que os principais são:
  • Coliformes fecais;
  •  Coliformes totais;
  • Staphylococcus coagulase (+)
  • Staphylococcus coagulase (-);
  • Estreptococos fecais ou Enterococos;
  • Pseudomonas aeruginosa.
Para elaborar a colheita de profundidade de forma a não adulterar os resultados das amostras, tiveram que ser seguidos os seguintes passos:
  1. Colocar as luvas esterilizadas;
  2. Prender as cordas aos dispositivos da armação do frasco, mantendo este dentro da caixa de proteção, ou preparar outro tipo de equipamento, de acordo com as respetivas instruções;
  3. Retirar a tira de papel que impede a tampa de colar ao gargalo, sem tocar neste, caso se verifique a sua existência;
  4. Submeter o frasco à profundidade pretendida (cerca de meia altura da piscina);
  5. Acionar a corda de abertura do frasco;
  6. Depois de cheio, fechar o frasco e retirá-lo;
  7. Identificar o frasco e coloca-lo na caixa metálica;
  8. Acondicionar os frascos em mala térmica a aproximadamente 4ºC;
  9. Transportar as amostras para laboratório num prazo inferior a 6h.


Para elaborar a colheita de superfície de forma a não adulterar os resultados das amostras, tiveram que ser seguidos os seguintes passos:
  1. Colocar as luvas esterilizadas;
  2. Remover a tampa do frasco esterilizado, junto à água, mantendo-o aproximadamente a 45º. Nota: A tampa deve ser conservada na mão, segurando-a com a parte inferior voltada para baixo;
  3. Encher o frasco executando pequenos movimentos circulares e lentos á superfície da agua, c/ o cuidado de manter o frasco bem seguro na mão e sempre voltado para a frente. Nota: O frasco não deve ser enchido completamente;
  4. Retirar o frasco e fecha-lo bem;
  5. Proceder á identificação da amostra (etiquetar o frasco);
  6. Acondicionar os frascos na mala térmica (refrigerada) de transporte e levá-la ao laboratório dentro de um período de 6 horas.



Em relação ao material necessário para elaborar a colheita, foi necessário:
  • Frasco de vidro ou polietileno de capacidade adequada, estilizando interior e exteriormente;
  • Frasco de mergulho de capacidade adequada, esterilizado em caixa metálica;
  • Frasco de polietileno de capacidade adequada, para amostras para análise química;
  • Cordas de algodão ou nylon, tipo pesca, esterilizáveis ou outro tipo de equipamento adequado para colheita em profundidade;
  • Luvas descartáveis (uso único);
  • Mala térmica;
  • Termoacumuladores;
  • Aparelho para determinação do cloro residual livre;
  • Termómetro.




É de extrema importância para a qualidade da agua das piscinas, um bom tratamento às mesmas, bem como obter um controlo óptimo tanto ao nível dos microorganismos existentes, como ao nível residual dos desinfectantes. Este tratamento tem que ser eficaz contra os germes e bactérias, que continuadamente a contaminam, através dos utentes, pó, ar e matéria orgânica.
A desinfecção da água de uma piscina é um importante factor, esta pode ser feita com diferentes produtos químicos: produtos de cloro e derivados (hipoclorito de sódio, hipoclorito de cálcio, cloro líquido e produtos que contenham ácido tricloroisocianurato ou dicloroisocianurato de sódio ou de potássio), bromo, ozono ou ultravioleta.

Sem comentários:

Enviar um comentário