segunda-feira, 4 de novembro de 2013

4 Vigilância Sanitária a Piscinas


Hoje em dia, existe uma procura cada vez mais alargada de utilização de piscinas interiores para actividades desportivas, recreativas e terapêuticas. Este tipo de solicitação é uma marca de desenvolvimento e de qualidade de vida da nossa sociedade.
Pretende-se, deste modo, que seja uma oferta de qualidade, para que os seus utilizadores retirem o máximo de benefícios, sem que seja posta em causa a sua saúde.
A natação é uma actividade física muito reconhecida como um meio de obter um bem-estar físico e psíquico como tal as piscinas são muito procuradas pelas pessoas para a prática da modalidade.
Tendo em consideração a importância da actividade física como um vector de promoção da saúde, mobilização, lazer e do bem-estar das populações, é também da responsabilidade da Saúde Publica assegurar que a mesma seja praticada com o mínimo de riscos possíveis.
Assim sendo, é da maior importância que a qualidade da água das piscinas não ponha em causa a saúde dos banhistas; daí, ser necessário manter a mesma em perfeitas condições de higiene e limpeza. Isto só é conseguido pela implementação de dois requisitos fundamentais: uma desinfecção química correcta e regular e um tratamento físico adequado.
Segundo a Caracterização Global das Piscinas Cobertas da Região de Trás-os-Montes (Vaz, 2001), apesar da importância deste desporto existem ainda em Portugal inúmeros problemas por resolver nas piscinas cobertas, tais como:
Construção de piscinas cobertas em várias localidades (principalmente no interior);
Renovar as instalações antiquadas e mal concebidas;
Ausência de legislação adequada;
Qualidade da água.

Com suporte na legislação em vigor, foi elaborada uma vistoria de vigilância sanitária a algumas piscinas da cidade, com base a avaliar as condições higio-sanitárias da mesma. A vistoria teve como propósito procurar uniformizar critérios e procedimentos, bem como garantir a existência de planos de identificação, monitorização e controlo de risco, de modo a que a saúde e segurança dos utilizadores, trabalhadores e visitantes seja assegurada, através da CircularNormativa nº 14/DA de 21 de Agosto de 2009.
A vistoria decorreu a uma piscina de utilização pública onde a prática da natação e as atividades de animação aquática correlacionadas constituem o objetivo e as funções principais oferecidas (ex. piscinas municipais, parques aquáticos) e a algumas piscinas destinadas a proporcionar um serviço complementar à atividade principal de um empreendimento (piscina terapêutica de um centro de paralisia cerebral, piscina de um orfanato, de uma casa de acolhimento).
Foram realizadas no local medições para determinar os parâmetros como o teor de cloro residual livre, PH e temperatura da água.
Foi-me possível realizar algumas medições, bem como actuar em alguns procedimentos ligados a recolha de parâmetros determinados no local da vistoria, sendo na minha opinião, esta uma experiência muito gratificante, já que familiarizou com algum material que eu não manuseava desde 2011.






Como referido anteriormente esta vistoria foi elaborada no âmbito da vertente tecnológica e neste caso o programa de vigilância sanitária das piscinas pretende identificar, conhecer e avaliar, as condições de instalação e funcionamento das piscinas (aspectos construtivos, organização dos espaços, revestimentos, circuitos hidráulicos e equipamentos de tratamento de águas, produtos químicos utilizados, higienização da piscina, etc.) e serviços anexos (instalações sanitárias, balneários e vestiários, postos de socorro, etc.), através de vistorias e apreciação de projectos.
Para a obtenção de condições óptimas, tanto a nível da água de piscinas, como da qualidade do ar ambiente interior, é necessário efectuar manutenções periódicas dos sistemas de tratamento da água e de ventilação.

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