segunda-feira, 4 de novembro de 2013

7 Colheita de Amostras de Alimentos


Os perigos alimentares têm sido referidos, ao longo da História, como um problema para a saúde do Homem e muitos dos problemas de segurança alimentar.
Todos os dias, em todo o mundo, pessoas ficam doentes por causa de algo que comeram. Estas doenças são designadas por doenças de origem alimentar e são causadas por microrganismos perigosos e/ou químicos tóxicos.
A maior parte das doenças de origem alimentar pode ser prevenida com Boas Práticas de Manipulação dos alimentos.
Foi realizado no inicio da semana uma colheita de amostras de alimentos no âmbito do Programa de Promoção da Qualidade Microbiológica das Refeições, nos Refeitórios das Escolas E.B 1 de Conceição de Faro, escola E.B 1 de Marchil e escola E.B 1 de Montenegro (nova).
Estes tipos de programas de vigilância são importantes porque os alimentos são potenciais veiculadores de microrganismos patogénicos para a saúde.  Manter a higiene de um estabelecimento que manipula e comercializa alimentos é uma prática fundamental. É um importante fator para garantia de um alimento seguro, livre de microrganismos que podem causar doenças.



A segurança alimentar é garantida pela adoção de boas práticas na fabricação para aprimorar a higiene de todos os processos e manipuladores, bem como do transporte e comercialização dos produtos.
Deve-se proceder à colheita de amostras dos alimentos em sacos esterilizados próprios para o efeito. Para boas práticas da colheita o responsável pela colheita deve:
próprios para o efeito. Para boas práticas da colheita o responsável pela colheita deve:
  • Higienizar as mãos com sabão antisséptico ou lavar com sabão e fazer assepsia com álcool 70% deixando secar ao ar;
  • Não falar, tossir, espirrar ou realizar movimentos bruscos durante a colheita;
  • Não deverá apresentar ferimentos nas mãos e braços. Se isso ocorrer, cobrir o ferimento com curativo e usar luvas de látex descartáveis e estéreis.

Material necessário para a colheita:
  • Mala térmica e acumulador de gelo;
  • Boletim de análise;
  • Saco estéril;
  • Bata, luvas, touca, máscara e protetores de calçado (esterilizados);
  • Pinça e bisturi;
  • Colher garfo e faca;
  • Zaragatoa e meio de cultura esterilizados. 

Procedimentos de amostragem:
  • Colocar o equipamento de proteção (protetores de calçado, touca, bata, máscara e luvas);
  • Colher uma amostra individualizada da refeição mais solicitada e/ou que apresente maior risco de contaminação (servida num prato);
  • Cortar os alimentos e retirar todos os ossos ou espinhas;
  • Inserir no saco estéril e retirar o ar antes de fechar;
  •  Identificar a amostra e acondicionar na mala térmica.  
Esfregaço de utensílios:

  • Colocar o equipamento de proteção (protetores de calçado, touca, bata, máscara e luvas);
  • Desinfectar a área com solução anti-séptica;
  • Colher uma amostra representativa dos utensílios: 5 peças;
  • Mergulhar a zaragatoa no meio de cultura e retirar o excesso de líquido. pressionando a zaragatoa contra as paredes internas do tubo (utiliza-se a mesma para 5 peças análogas);
  • Passar em toda a superfície com um ângulo de 30o das 5 peças higienizadas (pratos, taças, copos e talheres da mesma espécie) em várias direções perpendiculares umas às outras, tendo sempre o cuidado de rodar a zaragatoa;
  • A zaragatoa é passada através da superfície da peça conforme a seguir descrito:
    • Pratos e tigelas – toda a superfície interna que contacta com o alimento;
    • Chávenas, copos e canecas - toda a superfície interna que contacta com o alimento e até 3 cm abaixo do bordo na superfície externa;
    • Colheres, garfos e facas - toda a superfície interna e externa que contacta com o alimento, assim como entre os dentes dos garfos.
  • Mergulhar a zaragatoa no tubo sempre que se passa uma peça. Depois de passar na última peça introduzir a zaragatoa no tubo.
  • Identificar a amostra e acondicionar na mala térmica.




Posteriormente estas colheitas foram entregues no Laboratório de Saúde Pública Dra. Laura Ayres.

Nota: Os alimentos devem ser transportados ao laboratório em mala refrigerada (0-4º C) logo após a colheita, até um máximo de 4h.

Estima-se que, anualmente, 1.8 milhões de pessoas morram devido a doenças diarreicas, que, na maioria dos casos, estão ligadas a alimentos ou água contaminados (fonte). A preparação higiénica dos alimentos pode prevenir a ocorrência da maioria destes casos. 

Doenças de origem alimentar:
  • São um problema tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento;
  • São um grande problema para os sistemas de saúde
  • Afectam severamente bebés, crianças, idosos e doentes;
  • Criam um ciclo vicioso de diarreias e má nutrição
  • Afectam a economia e o desenvolvimento nacional e o comércio internacional.

De forma a promover a divulgação para uma Alimentação mais Segura, foi criado um poster que sugere formas para uma Alimentação mais segura.



Exemplo bem recente do impacto que este tema tem sobre todos nos. "Surto de E.coli na Europa".

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